Um Feliz Natal . . . ! !
Em tempos onde a pobreza de espírito de cada benfazejo se expressa por meio de uma cesta básica compartilhada em imagens nas redes sociais de seus pares;
Em tempos onde a figura do papai-noel (pai natal) é festejada em uma sociedade sábia em viver de aparências;
Em tempos onde a cor da sua pele determina seu caráter;
Em tempos onde presentes valem muito mais que abraços;
Em tempos onde o verbo Amar é tratado com desdém e escárnio;
Em tempos onde o ódio é dissimulado e onde o ato de afago mais genuíno se dá durante a troca de mercadorias na noite de Natal;
Em tempos em que se falar qualquer coisa de genuína ou inocente soa como ofensa ou agressão pessoal;
Em tempos onde esquecemos de onde viemos e de quem são aqueles que fazem de nossas vidas um verdadeiro inferno;
Em tempos onde o tempo é nosso inimigo e o próprio ato de parar ou de desacelerar é ofensivo;
Em tempos onde nossa única força consiste no ato resiliente de continuar lutando, mesmo que a duras penas;
Em tempos onde resistir é cada vez mais necessário, porém cada vez menos compreendido,
Façamos ao menos igual à criança de Santa Catarina que pediu ao papai-noel uma cadeira de rodas para sua amiguinha vizinha e nada para si própria.
Um FELIZ NATAL (com reticências) . . .