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Práxis

Os filósofos limitaram-se sempre a interpretar o mundo de diversas maneiras; porém, o que importa é modificá-lo.

Práxis

Os filósofos limitaram-se sempre a interpretar o mundo de diversas maneiras; porém, o que importa é modificá-lo.

Todo repúdio ao estado sionista (fascista) de Israel

18.10.23

Palestina antes de Israel

O território palestino foi ocupado pela força por Israel em 1948. Desde então, o que se vê é limpeza étnica, genocídio e massacres do povo palestino. E quando esse povo sofrido decide enfrentar a ocupação sionista, a opressão, exploração e miséria, atacando os ocupantes, é tachado por toda a imprensa como “terrorista”.

Israel ataca diariamente civis, mulheres, crianças e inocentes. Antes do recente ataque do Hamas contra Israel, 170 crianças palestinas estavam nas prisões imundas de Israel, acusadas também de “terrorismo”. Assim como 5200 presos políticos palestinos, nas mesmas prisões. Somente neste ano, e antes da ação do Hamas, Israel já havia assassinado 270 palestinos, dentre os quais 65 crianças.

Gaza é uma prisão a céu aberto, com 2,5 milhões de palestinos espremidos numa área equivalente à metade da cidade do município de Florianópolis, capital do estado brasileiro de Santa Catarina. Todas as fronteiras são controladas; não entra nem água, nem eletricidade, nem remédios e nem alimentos sem autorização de Israel. É um gigantesco Gueto de Varsóvia. O resultado é que metade das crianças sofre de desnutrição crônica, e um percentual semelhante das mulheres, de anemia. Conforme dados da ONU, 80% dependem de ajuda humanitária, a pobreza alcança 81,5% da população e cerca de 50 % estão desempregados – entre os jovens, esse índice salta para 64%.

E, ainda, constantemente ameaçados por bombas sobre suas cabeças. Que miram especificamente hospitais, escolas e habitações civis. Sobre tudo isso, a grande imprensa se cala. Ninguém chama Israel de terrorista, ninguém mostra as crianças e mulheres palestinas presas ou assassinadas. Porque são palestinas, e só por isso. Israel é um estado de apartheid, como admitem a própria Anistia Internacional e o Human Rights Watch.

Em suma, como dizia Malcolm X: “Se você não tomar cuidado, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e adorar as pessoas que as estão oprimindo.”

Israel foi criado artificialmente, como um estado racista, em terras palestinas, como um posto avançado do imperialismo americano, para controlar a região mais rica em petróleo do mundo. É a maior base avançada militar americana do planeta. É um gigantesco porta-aviões americano incrustrado no meio do mundo árabe, com o único objetivo de oprimir os povos da região e saquear suas riquezas. É um estado artificial, que só se mantém graças ao financiamento externo estadunidense e europeu.

Antes de 1948 jamais existira - no decorrer de milênios de atividade humana na região - um estado centralizado de Israel na região. Aquela região foi sempre muito disputada por grandes impérios, como o babilônico, o egípcio e o romano, por exemplo. E mesmo a maioria do povo judeu sequer é oriundo da região, mas sim do leste europeu (região entre Alemanha e Rússia).

Ao contrário de Lula e Boulos, não criticamos a recente ação militar do Hamas. A violência do opressor contra os oprimidos não é igual à violência dos oprimidos por se livrarem da opressão. Neste sentido, estamos incondicionalmente ao lado da resistência palestina, e no campo militar do Hamas contra a ocupação sionista da Palestina.

Isso não significa que tenhamos acordo político com o Hamas. O Hamas não defende um programa socialista e da classe trabalhadora, não defende a liberdade para as mulheres e a liberdade religiosa, mas a implantação de um estado islâmico na região. O Hamas é uma organização burguesa, com profundas relações com os corrompidos governos árabes da região e, pasmem, até mesmo com Putin, o carrasco do povo ucraniano.

Mas nada disso deve nos fazer perder de vista que, na luta pela libertação da Palestina, temos lado! O Hamas, com todas as diferenças que possuímos, está combatendo contra Israel. E estamos do lado do povo palestino e dos povos árabes, contra a ocupação sionista, por uma Palestina única, laica, livre, democrática e não-racista, onde todas as nacionalidades possam conviver em paz, sem opressores nem oprimidos. E isso será possível somente com a destruição do estado de Israel.

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