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Práxis

Os filósofos limitaram-se sempre a interpretar o mundo de diversas maneiras; porém, o que importa é modificá-lo.

Práxis

Os filósofos limitaram-se sempre a interpretar o mundo de diversas maneiras; porém, o que importa é modificá-lo.

Sobre as eleições no Brasil

01.10.22

Quadro Diego Rivera

Amanhã, dia 02/10/2022, ocorrerão as eleições para cargos federais no Brasil. Estão em disputa: deputados estaduais e federais, senadores, governadores dos estados da federação e o cargo de presidente da república. O PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) participará, mais uma vez, deste processo eletivo, a despeito das pressões oportunistas de que abstenhamo-nos de apresentar nosso programa. Não é incomum sermos indagados a esse respeito, todavia, na eleição mais polarizada após a "redemocratização" do país, nós, marxistas, temos sido bastante assediados para que abandonemos nossa candidatura própria e apoiemos a chapa neoliberal Lula / Alckmin, única alternativa, segundo os defensores dessa ideia, de enfrentar o fascismo de Bolsonaro.

A despeito de todo este assédio, dentre todas as pressões cotidianas que enfrentamos, uma chamou-me a atenção: o recente pronunciamento de Paulo Basil e Mauro Puerro, do periódico Esquerda Online, vinculado ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade). Intitulado como Unir nossa classe contra Bolsonaro, os autores exortam o PSTU, o PCB e a UP a abandonarem suas candidaturas em favor da chapa neloliberal encabeçada pelo PT com o argumento de que esta seria uma espécie de obrigação na luta contra o neofascimo de Bolsonaro.

O texto inicia com uma epígrafe do poema Mãos Dadas de Carlos Drummond de Andrade, publicado originalmente na obra Sentimento do Mundo (Não serei o poeta de um mundo caduco / Também não cantarei o mundo futuro / Estou preso à vida e olho meus companheiros / Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças / Entre eles, considero a enorme realidade / O presente é tão grande, não nos afastemos / Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas) e defende o posicionamento oficial da principal corrente do PSOL, que abriu mão de uma candidatura própria para defender uma pauta neoliberal contra aquilo que denomina de golpismo fascista de Bolsonaro.

Embora compreenda o receio das ameaças fascistas por parte de setores da classe trabalhadora - motivo que me levou, inclusive, a publicar, em 2019, um artigo neste espaço visando a discutir a questão, intitulado O governo Bolsonaro é um governo fascista? - e sinta nojo da figura do atual presidente brasileiro, ele sim fascista ideologicamente, seria correto que essas organizações abrissem mão de disputar o processo eleitoral, apresentando seus programas para a classe trabalhadora? Serão estas as reflexões que pretendemos trazer com este pequeno texto.

Leon Trotsky, revolucionário russo, entre fins da década de 20 e início da década de 30 do século passado, poderá nos ajudar a chegar a uma resposta. Para aqueles que não sabem, Liev Davidovich Bronstein (o Trotsky) foi o revolucionário marxista que mais enfrentou essas questões: primeiramente lutando contra a burocracia soviética que expropriara a classe trabalhadora do controle do recém formado estado operário, eliminando boa parte das conquistas da revolução, depois por enfrentar - junto ao Partido Comunista alemão - a possibilidade de Hitler assumir o poder. Essas batalhas renderam escritos geniais, como: A Revolução Desfigurada (1929), em que Leon discute, dentre outras coisas, como a burocracia recém apoderada desfigurou a imagética revolucionária; A Revolução Traída (1936), na qual Trotsky - de maneira genial - traz dados econômicos do estado soviético e demonstra como o estalinismo ascendeu ao poder e para onde iria a URSS daquele momento, não eximindo-se de mostrar a via revolucionária para contornar o problema;  e Revolução e contrarrevolução na Alemanha, uma compilação de artigos escritos entre 1930 e 1933 no qual discute a necessidade de uma frente ampla entre o PC alemão e a social-democracia daquele país, como única forma de inviabilizar a ascensão do nazismo ao poder. Esta obra é o melhor material para se compreender o fenômeno do fascismo: suas origens, a classe social que o sustenta, seus perigos, etc.

Estas obras não nos dão apenas a base para começarmos a compreender o problema do fascismo ou do estalinismo. Suas lições mais importantes - além da formulação intelectual dialética - encontram-se no campo de atuação revolucionária perante as tarefas reais e urgentes impostas à classe trabalhadora. No que concerne às eleições e ao "enfrentamento" que os revolucionários devem dar a ela, Trotsky (e o marxismo em seu conjunto, pois é assunto bastante discutido) elaborou vários escritos. Contudo, para nível de explanação, aproprio-me de uma pequena entrevista intitulada Uma conversa com Leon Trotsky, publicada na abertura do Tomo III, volume 2 (1932) de seus Escritos. Será que Trotsky abriria mão de pedir votos para o PCA (em 1932, às portas do nazi-fascismo) em favor de uma coligação da social-democracia com a burguesia democrática contra Hitler? Diante desse problema, Leon é contundente:

Trotsky: ¿Viene usted de Alemania? ¿En qué partido está?

Bergmann: Estoy en el SAP.

Trotky: ¡Qué mal está eso!

Bergmann: Vine aquí con el grupo de Walcher-Froelich.

Trotsky: ¡Peor todavía! ¡Hay que evaluar a los partidos desde dos perspectivas, la nacional y la internacional! Internacionalmente el SAP se relaciona con los elementos dudosos de todo el mundo. En Alemania toma resoluciones equivocadas sobre todos los problemas importantes. Tomemos las elecciones presidenciales. Lo correcto era apoyar a Thaelmann. El apoyo unificado a la candidatura de Loebe es imposible. No les podemos pedir a los obreros que voten por Loebe, es decir por el programa socialdemócrata. Por cierto, tengo muchas diferencias con Thaelmann, pero él representa un programa, un programa comunista. En cambio, la socialdemocracia es un partido capitalista.

Bergmann: ¿Y si Hitler hubiera resultado electo como Hindenburg en 1925, es decir, con un margen a favor inferior al total de los votos recibidos por los comunistas? Usted tiene que tomar eso en cuenta; en ese caso los comunistas hubieran sido responsables ante toda la clase obrera por los resultados directos de la elección de Hitler.

Trotsky: No se puede quedar bien con todo el mundo: A mí me basta con asumir la responsabilidad por mi propio partido. Toda la palabrería de Seydewitz acerca de anteponer los intereses de la clase a los del partido es un contrasentido. Esa es la consecuencia de pretender convertirse de golpe en un gran partido y no tener paciencia para construirlo lenta y sistemáticamente. El revolucionario debe ser paciente. La impaciencia es la madre del oportunismo.

Seria interessante que lessem o referido artigo que publiquei aqui neste espaço. Ao discutir o governo Bolsonaro e seu caráter, contextualizei o problema intuindo desconstruir algumas das falácias sobre a questão do fascismo e do pretenso golpe que nossa democracia sofrera. Com as lições históricas apreendidas pelo marxismo e visando a mostrar o caráter do movimento fascista, trouxe à luz as reflexões de Trotsky sobre o problema, bastante atuais diga-se de passagem. Entendo que complementaria bastante estas reflexões, principalmente por resumir algumas das ideias que discutiremos a seguir, o que contribui para evitar confusões e má interpretações. Eis algumas das obeservações sobre a entrevista:

1. Trotsky jamais formaria um bloco político com a social-democracia alemã (equivalente ao PT brasileiro) e com a burguesia "pacifista" e "democrática" para as eleições presidenciais, mesmo no caso em que o adversário nas eleições fosse Hitler. O interlocutor insta Trotsky a considerar o caso em que o seu partido, apresentado independentemente nas eleições (aqui ainda era o Partido Comunista Alemão; a ruptura ocorreria apenas mais tarde), acabasse recebendo um total de votos que pudesse depois receber a acusação de ter contribuído para a vitória eleitoral de Hitler. Mesmo assim Trotsky responde: "Não se pode agradar a todos, sou o responsável unicamente pelo meu próprio partido". É importante observar que Trotsky combatia ferozmente, com todas as suas forças, o fascismo e o nazismo. O centro de sua atividade política nesses anos consistia em alertar os partidos da classe trabalhadora alemã sobre a necessidade de fazer uma frente única contra o nazismo. Os estalinistas, por seu lado, eram contra a frente única: tinham uma política sectária e suicida: diziam que a social-democracia e o fascismo eram a mesma coisa (gêmeos) e se opunham à frente única. Note-se que frente única não é o mesmo que coligação eleitoral. Em suma, caracteriza-se a frente única por um dispositivo cujo intuito é o de mobilizar a classe trabalhadora para a luta política e física contra o fascismo. A coligação eleitoral da burguesia com a social-democracia, pelo contrário, é um dispositivo para desmobilizar, anestesiar e retirar da classe trabalhadora toda capacidade de ação independente.

2. Trotsky rejeita o voto em um candidato social-democrata (o equivalente a Lula) afirmando que a social-democracia é um partido burguês. Note-se: apesar de sua origem como partidos operários reformistas, tornaram-se partidos burgueses por seu programa e política. Não se poderia jamais pedir votos para um programa capitalista. O candidato que Trotsky defende nessa discussão é o candidato estalinista, do Partido Comunista. Apesar dos desastres da política estalinista, esse partido representava um programa operário. Observe-se: tudo gira em torno do critério de classe. Isto é marxismo. Não se trata do tamanho do partido, de sua viabilidade eleitoral, de sua maior ou menor influência, e sim de seu programa. Como é possível que Mauro Puerro e Paulo Pasin tenham tido a coragem de dizer que o marxismo, ao longo da história, teria pedido votos para um candidato como Alckmin ou mesmo o Lula atual, completamente transformado em agente do capital?

3. Bolsonaro é bastante parecido com Hitler em vários aspectos ideológicos, embora se afaste em questões políticas (o nazi-fascismo tinha um caráter nacionalista, ao contrário do governo Bolsonaro, privatista). Mas o Brasil em 2022 não está na situação da Alemanha em 1932. Porém, mesmo se estivesse, mesmo que pudéssemos comparar a gravidade da situação da Alemanha, em 1932, com a do Brasil, em 2022, mesmo assim, como vimos, os comunistas honestos jamais pediriam votos para uma coligação da social-democracia (PT) com a burguesia (Alckmin). Mesmo o adversário sendo Hitler ou Mussolini. Aos marxistas revolucionários caberia a tarefa de apresentar uma alternativa socialista e revolucionária aos trabalhadores. E a razão para isso é que o marxismo consiste em afirmar sempre o partido do proletariado (e seu programa) como um guia para a nação. Nesse ponto é preciso ter a coragem de se postular como alternativa.

4. Não sei se Carlos Drummond de Andrade ficaria feliz por ser responsabilizado pela linha de total capitulação ao lulismo desses companheiros e ao trabalho de liquidação que eles aparentemente fazem dentro do PSOL (a corrente de que fazem parte parece ter desempenhado um papel importante na luta para privar o PSOL de uma candidatura própria). Acho que não! De qualquer modo, pode-se conceder que esses companheiros apoiem-se no pensamento intuitivo e vago dos artistas... Mas eles não podem falar em nome do marxismo revolucionário, ao menos não em nome do trotskismo.

Em suma, tanto o PSTU, como o PCB e/ou a UP têm o direito (na verdade, o dever) de postular suas candidaturas. Que os liquidacionistas entrem de uma vez por todas no PT, já que parecem ter optado por migrar para o colorido mundo reformista, e parem de exigir que os partidos revolucionários abandonem suas bandeiras e suas missões mais do que necessárias.

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Texto Bônus

Por Wagner Micéias Damasceno, PSTU Brasil

Sobre o voto útil

Sob o argumento de que é preciso eleger Lula no 1º turno, há uma grande pressão para que o eleitor abra mão de um voto ideológico no projeto político em que acredita, e conceda um voto utilitarista na chapa Lula-Alckmin.

Essa campanha não surgiu, como se diz, "do nada". Ela é o corolário da Frente Ampla organizada pelo PT desde 2020 em aliança com partidos da burguesia e com adesão de partidos de esquerda como o PSOL.

E, hoje, o apelo ao voto útil advém do discurso de que a única maneira de tirar Bolsonaro do poder é votando em Lula. Claro, oculta-se que, nestes quatro anos, a direção do PT emperrou as lutas pela derrubada de Bolsonaro nas ruas para que restasse o apelo às urnas.

Pareado a isso - e se aproveitando do imenso e justo repúdio popular contra Bolsonaro - Lula fez a maior coligação eleitoral da história do PT. A coligação Brasil da Esperança Fé Brasil reúne 09 partidos: PCdoB, PV, SOLIDARIEDADE, a Federação PSOL-REDE, PSB, AGIR, AVANTE e PROS.

O discurso petista é que Bolsonaro dividiu o Brasil e que, agora, é preciso unir o país para restaurar a paz social. Mas a verdade é que, antes mesmo de Bolsonaro subir ao poder, o país já estava dividido pelo antagonismo entre as classes sociais, pelo racismo, pelo machismo e pela LGBTIfobia. O que Bolsonaro fez foi tornar essa divisão mais explícita e ainda mais brutal.

Foi assim, por exemplo, durante a Ditadura Militar iniciada em 1964. A ditadura militar não dividiu o país, nem inaugurou o reino da exploração. Os militares - apoiados pela burguesia nacional e pelo imperialismo estadunidense - escancararam o antagonismo entre as classes sociais e o caráter predatório da burguesia e sua submissão ao imperialismo.

E aqui cabe um pouco de história. Por décadas, seguindo a política stalinista de "coexistência pacífica" com a burguesia e com o imperialismo, o maior partido de esquerda à época, o Partido Comunista Brasileiro (PCB), defendia que era preciso se aliar e apoiar a burguesia nacional e governos burgueses com uma fachada popular para se cumprir uma etapa democrática rumo à uma revolução ordeira e pacífica até o socialismo. Essa política - por desmobilizar e deseducar o ativismo e os trabalhadores - facilitou o caminho para a extrema-direita subir ao poder no país através de um sangrento golpe militar.

O PT surgiu como alternativa a essa política de alianças com a burguesia. No entanto, na luta contra a ditadura militar e seu partido, o ARENA, a esmagadora maioria da esquerda coincidiu no apoio ao... Movimento Democrático Brasileiro (MDB)!

Isso mesmo, boa parte da esquerda decidiu apoiar o MDB e repudiou a criação de um partido que organizasse os trabalhadores de forma independente, como era a proposta inicial do PT. Diziam que isso dividiria a luta pela derrubada da ditadura e que a radicalização dos trabalhadores poderia provocar uma reação violenta do governo militar...

Debaixo de uma ditadura militar, o PT surgiu em 1980 assumindo que a sociedade brasileira capitalista já estava dividida. E contra as inúmeras acusações de que "dividia a luta contra a ditadura" e de que "dividia o movimento sindical", "que teria uma votação pífia" etc. os trabalhadores reunidos no PT respondiam dizendo que a luta contra a ditadura não passava pela adesão ao MDB e à unidade eleitoral com a burguesia, mas pela defesa política de um projeto próprio dos trabalhadores.

Hoje, em setembro de 2022, é preciso dizer que a esmagadora maioria da esquerda estaria em 1980 apoiando o MDB em oposição frontal ao PT. Mas não porque - como alguém poderia dizer - "os tempos são outros", mas porque o PT é outro.

Aliás, é porque o PT é outro que o banqueiro Henrique Meirelles, e o ex-ministro da ditadura militar, Delfim Neto, manifestaram apoio a Lula e ao PT. E é justamente porque o PT abandonou a independência da classe trabalhadora, escapou irremediavelmente ao controle dos trabalhadores, e fez alianças com a burguesia, que setores da classe média e muitos intelectuais hoje o apoiam.

O PT tornou-se seu contrário, um partido da ordem e de alianças com a burguesia e tenta nublar isso apelando para uma simbologia (imagética e sonora) dum PT e dum Lula dos anos de 1980 (que vai do jingle do "Lula lá..." às fartas imagens de um jovem Lula barbudo e sindicalista) etc. Como se entre 1980 e 2022 Lula seguisse essencialmente o mesmo.

Ao contrário da lógica formal que diz que "A" é sempre "A", que uma coisa é sempre essa mesma coisa, a dialética nos ensina que tudo e todos podem mudar e, às vezes, podem se transformar em seu contrário...

 

O Socialismo é uma necessidade

De tanto se adiar a luta pelo Socialismo no Brasil em nome da urgência, esqueceu-se quão urgente é o Socialismo para o Brasil, um país marcado por quase quatro séculos de escravidão e que nunca deixou de ser a colônia de alguém.

E falo isso porque os problemas mais imediatos dos trabalhadores e do povo pobre (como a fome e o desemprego) não poderão ser resolvidos em definitivo dentro do capitalismo e sem uma revolução. As mudanças estruturais que o país precisa não serão obtidas junto com a burguesia, mas contra a burguesia.

Bolsonaro impôs a fome para mais de 33 milhões de pessoas neste país. Mas quem conhece minimamente esse país, sabe que a fome só desapareceu nos relatórios de estatísticas e quando admitidos os critérios rebaixados de organismos como o Banco Mundial.

O arco de alianças construído pelo PT nestas eleições e a escolha para a vice presidência de Geraldo Alckmin, ex-presidente do PSDB, sinalizam para um projeto de governo burguês e alinhado à agenda neoliberal.

Ademais, ao pregar a aliança entre patrão e trabalhador, entre o pequeno agricultor e o agroempresário, Lula pede para a juventude e os trabalhadores que renunciem aos seus interesses de classe.

No plano discursivo, o PT pôs em campo uma espécie de versão eleitoreira do slogan neoliberal de Margaret Tatcher ("there is no alternative" - não há alternativa) para retirar do horizonte de parcelas do ativismo a possibilidade de uma alternativa socialista a Bolsonaro.

Mas não é verdade. Há sim alternativa, uma alternativa pelo Socialismo e pela construção de um caminho independente dos trabalhadores. E nestas eleições quem expressa essa alternativa é a Vera, candidata à presidência pelo PSTU.

Vera é socialista, negra e representante dos interesses da classe trabalhadora. E, por isso, tem sido invisibilizada das formas mais variadas possíveis. Vera não é chamada nos debates nas grandes emissoras e sua voz não é veiculada na rádio e nem na TV. E como sua campanha é sustentada por militantes e apoiadores e não conta com dinheiro da burguesia, esse bloqueio midiático reduz o alcance das ideias políticas que defende.

Essa hostilidade da grande mídia não é gratuita. A burguesia teme que palavras como "Socialismo" e "Revolução" sejam ouvidas pelas massas trabalhadoras, e por elas sejam debatidas e assimiladas. Por isso, a burguesia e a grande mídia preferem dar a voz a políticos de extrema-direita como Bolsonaro e fundamentalistas como Kelmons, do que conceder 1 minuto sequer em horário nobre para alguém como Vera e o PSTU.

Mas, sobre isso, não há de novo. Ao longo da história, os socialistas sempre foram alvos de calúnias, bloqueios e toda sorte de repressão. Normal nos temerem.

Neste domingo (02/10) eu darei meu voto naquilo em que acredito, numa candidatura contra Bolsonaro e que diz aos trabalhadores que eles devem se organizar e lutar para tomarem o poder. Darei meu voto nas candidaturas do PSTU, partido no qual milito há anos, para fortalecer uma alternativa socialista para o Brasil e para a América Latina. Isso pra mim é um voto verdadeiramente útil.

Como dissera Marx, "a exigência de que abandonem as ilusões acerca de uma condição é a exigência de que abandonem uma condição que necessita de ilusões".

A luta pela revolução e pelo socialismo é a grande tarefa do nosso tempo. Se você concorda, te convido a dar um voto no Socialismo no 16 também.

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