O Império das Aparências
Para Ana Paula.
Interessante pensarmos na maneira como nos relacionamos uns com os outros. Essa lógica do individualismo contemporâneo, na qual se personalizam as prioridades por meio de escolhas estéticas fugazes, tornam as relações humanas descartáveis, facilmente substituíveis. Desse ato egoísta nasce uma falsa ideia de liberdade que nos faz pensar e agir a partir de desejos forjados nesse espetáculo. Não nos importamos a fundo com o(a) outro(a); não nos importamos a fundo com as causas que nossos atos podem provocar, a não ser que nos afetem. O ser humano contemporâneo está tão encastelado em seu pequeno universo que supervaloriza sua vida em detrimento do conjunto. Está tão fragmentado, que tornou seu viver em uma espécie de circulação de mercadorias, tendo a cada dia que se reconfigurar para se enquadrar em um mundo em eterno devir.
Neste mundo em que os homens se avaliam como mercadorias expostas em vitrines, as relações humanas degeneram-se em transações frias, nas quais o currículo brilha mais que o caráter e os títulos pesam mais que o afeto. Aproximamo-nos uns dos outros como colecionadores de prestígio, atraídos pelo lustro social, pelo uso absurdo frugal de uma estética bem-comportada, pelos valores partilhados como moeda de troca — e, nesse mercado afetivo, a alma torna-se cifra e o coração, negócio. Contudo, essa mútua conveniência, por mais que se revista de elegância e discursos polidos, não forja laços que resistam à ferrugem do tempo. A camaradagem verdadeira, o afeto que não se compra, exige mais que sintonia de aparências: demanda a coragem de ver e ser visto além das credenciais, na nudez crua da existência compartilhada.
Essas relações instáveis, rasas e superficiais, acabam por macular a personalidade do ser humano contemporâneo, fazendo-o aceitar passivamente — e inclusive a participar de bom grado — deste espetáculo que se tornou a vida. Poucas são as pessoas que não apresentam um(a) colega a um grupo de amigos, apresentando-o por aquilo que fazem e não por seu caráter, embora não dê para desmembrar o ser de sua ação. Assim, a amiga A de fulano de tal merece ser aceita por aquele grupo não por sua relação de amizade fraterna com seu representante, mas por exercer ou fazer algo impressionante ou interessante aos olhos das outras pessoas. Eis minha amiga A, ela é artista plástica; este é meu amigo B, ele é escritor, poeta dos bons; gente, gostaria de apresentar minha amiga C, ela é médica, adora literatura, e, como hobby, estuda astronomia…
Nesta era em que os homens se tornaram cartões de visita uns dos outros, é comum ver as relações humanas reduzidas a meros “curriculum vitae” — em que o valor de um amigo se mede não por seu caráter, mas pelo brilho social de suas credenciais. Essa “hierarquia afetiva”, que classifica as pessoas por títulos e não por suas essências, revela menos sobre os indivíduos em si e mais sobre a nossa própria decadência moral: transformamos a amizade em performance, o convívio em networking, e o coração humano em mera “etiqueta social”. No fim, colecionamos conexões como quem acumula selos raros: belos de se exibir, mas vazios de qualquer calor que não seja o do status que emprestam.
Outra peça desse mosaico performático é o simulacro prosódico, ou seja, a imitação superficial da musicalidade e do ritmo da linguagem, sem a substância ou a intenção autêntica que originalmente a acompanha. Dessa falsificação rasa da linguagem, na qual a palavra é trabalhada não como veículo de comunicação, mas como objeto de uso descartável, nasce a imitação, ou melhor, a repetição decorativa. Refiro-me àqueles(as) que colecionam aforismos, não por amor à sabedoria, mas pelo requinte social que acabam emprestando. Máximas de Nietzsche, versos em inglês de T. S. Eliot, parágrafos inteiros de Kierkegaard, Schopenhauer ou Michel Foucault e períodos completos de Machado de Assis a Dostoiévski são armazenados como diplomas, tudo para o espetáculo momentâneo de erudição performática. Essas bibliotecas ambulantes de citações alheias, cuja eloquência emprestada apenas revela, de modo mais sofisticado, a pobreza de seu próprio pensamento, traem o próprio espírito da filosofia e da poesia que dizem admirar, pois quem verdadeiramente compreende um verso não o repete como troféu, mas o cala como segredo. Em outras palavras, quando arrancadas assim de seu contexto vital, as grandes ideias não passam de moedas de troca em conversas de salão. São como rosas secas em túmulos de cemitério: sem cor e sem cheiro, exalam apenas imundícies e poeira. O simulacro prosódico é, assim, a sombra da palavra: tem seu contorno, não seu peso. É a vitória definitiva da língua de plástico: bela ao toque, estéril ao exame, morta ao tempo — natimorta de berço. Mais uma face inebriada dentre outras tantas deste verdadeiro Império das Aparências.
Relações humanas orientadas somente por palavras são, portanto, vazias. São como balões de ar, inflados e bonitos, mas efêmeros e frágeis. Podem até brilhar por um instante, ostentando cores vivas e formas plenas, até que o mais leve contato com o mundo real os reduz a frágeis cascas de látex. Tais vínculos, edificados sobre areia movediça, acabam por não resistir ao primeiro sopro da adversidade, pois lhes falta o peso das ações, a densidade dos feitos, a matéria-prima da verdadeira convivência. São simulacros de conexão, que iludem com sua leveza enganadora, mas que, quando submetidos à prova do tempo, revelam-se tão efêmeros e superficiais quanto o próprio ar que os sustenta — e tão incapazes de suportar o peso da existência quanto um balão é de carregar o céu.
É preciso vestir-se de realidade. Extrair do espetáculo a neblina de aparências que camufla nosso viver. Nessa relação social mediada por imagens e palavras, na qual mais vale a conexão fugaz com pares ou grupelhos instáveis, ou a curadoria de imagens criadas para os likes das redes sociais, a comercialização das relações pessoais transforma nossos laços humanos em transações impessoais, reconfigurando nossa própria subjetividade em mera construção literária — uma ficção etérea da “solidão contemporânea”.
Brecht afirmou que a arte deve incomodar, não entreter; Adorno, que escrever poesia após Auschwitz é bárbaro; Benjamin, que o “estado de exceção” é a regra. Intelectuais contemporâneos que presenciaram a destruição e a fragmentação do mundo em que viveram. Uníssonos os três de que a brutalidade do mundo corrompeu até a linguagem a um ponto tal de a alegria e a inocência se tornarem suspeitas, o que estão dizendo é que a inocência (capaz de alavancar a alegria) é impossível de ser mantida em um mundo em que se exige consciência constante da dor alheia. É um elogio velado à lucidez, mesmo que amarga. Em tempos de crise moral e social, no qual os escapistas se escondem embaixo de suas camas, ser inocente — para eles — significava afirmar que a alegria ingênua se tornou sinônimo de cegueira voluntária diante das injustiças do mundo. Esse é um fator a ser lembrado com certeza. Principalmente porque a espetacularização da vida, tal como ela é, aliena o ser humano do mundo, inserindo-o em pequenas “bolhas”. Passamos a agir a partir da perspectiva do outro, que também vive a perspectiva do outro, que repete o ato, formando um ciclo fechado de pessoas que se repetem, vivendo vidas e compartilhando ideias e ideologias que não são suas. Alienado do mundo que o cerca, como se fosse uma pessoa autótrofa, para o ser humano contemporâneo o mundo é um grande fetiche.
Pensemos neste substantivo: FETICHE. A palavra “fetiche” (do francês fétiche) tem origem no termo português “feitiço”, derivado do latim facticius (“artificial, fabricado”). No século XV, navegadores lusitanos usavam “feitiço” para descrever objetos sagrados de cultos africanos que lhes pareciam “mágicos” ou “encantados”. Sem compreender suas origens, de onde haviam vindo, fetichizaram-nas. Karl Marx, no século XIX, escreve páginas e páginas a respeito do caráter mágico da mercadoria, do seu fetiche, da incompreensão que as pessoas tinham de sua origem. Assim, para o intelectual de Tréveris, o “fetichismo da mercadoria” nada mais seria que o valor místico atribuído pelo capitalismo a produtos com vistas a esconder as relações de exploração por trás deles.
Retornar à origem do conceito é importante. Afinal, se o homem contemporâneo fetichiza suas relações, mercantiliza seus relacionamentos, escanteando aquilo que aparentemente não lhe interessa simplesmente por não compreender as relações sociais em sua completude (e por vezes não querer compreendê-las), é porque reside aí um paradoxo terminal: se o mecanismo de outrora mistificou as aparências sociais, hoje transforma seres humanos em espectadores de si mesmos. E se, para Marx, o fetichismo da mercadoria ocultava a exploração do trabalho, hoje ele oculta algo ainda mais grave — a alienação da própria condição humana, atribuição primária dessa sociedade do espetáculo.
Vivemos tempos sombrios, em que a inocência se converteu em delírio, e um rosto liso, sem as marcas do sofrimento, já não é sinal de juventude, mas de indiferença. Aquele que ainda ousa rir é apenas um desavisado, um ingênuo que ainda não foi alcançado pelo cortejo de horrores que se anuncia no horizonte. Que época é esta, em que mencionar a beleza simples das coisas parece quase um crime? Pois cada palavra leve, cada suspiro de alegria despreocupada, soa como um insulto aos que gritam sob o peso das tragédias não resolvidas. Falar de flores, de amores pueris, de esperanças sem amarras, é compactuar com o silêncio — é calar a voz rouca daqueles cujas histórias são escritas com sangue e lágrimas. A leveza, outrora virtude, tornou-se cumplicidade. E assim, nos condenamos a carregar o fardo da lucidez, pois somente vendo a escuridão é que podemos, de fato, afirmar que ainda resta uma centelha de luz a ser defendida.
Todavia, há outra qualidade de inocência também desprezada: aquela da blague, a da piada despretensiosa, inofensiva, que não agride, vista a partir de um viés contrário aos de Bertolt Brecht, Theodor Adorno e Walter Benjamin. Para se localizar, para preencher o vazio existencial em que vivemos, para dar algum sentido a essa vida miserável e despreocupada com o próximo, nos orientamos a partir de pequenos grupos que compartilham determinados códigos estéticos e sociais. Estes nos ajudam a suportar o vazio existencial da vida cotidiana (nem sempre percebido, é verdade). A condição humana degradante e descartável, violentamente rápida em sua deterioração, transformou as relações humanas em mercadorias descartáveis, em que cada um precisa se vender o tempo todo para que possa sobreviver nesse mundo espetacularizado. Essa rapidez violenta, balizada pelas condições impostas pelo capitalismo decadente, não somente condiciona nossa existência a condições degradantes de sociabilidade e de trabalho, mas nos molda a marretadas, transformando-nos em nichos de existência.
Dessas partículas de existência extraímos uma visão fragmentada do todo, pois olhamos o mundo como que por um grande espelho repleto de rachaduras: inúmeras imagens desconexas semanticamente, embora unidas lado a lado. Essa fragmentação paradoxal acaba por gerar os grupelhos sociais. Sustentados por uma linha tênue — tênue porque o mundo é volátil e descartável — compactuamos valores e moldamos nossa existência sempre a partir do outro. Somos teleguiados a mostrar ao próximo o quanto somos interessantes, capazes e inteligentes. E é desse microcosmo social que nos convencemos a fazer parte de um todo, dando-nos a impressão de que, isoladamente, somos de fato mais importantes e maiores do que somos realmente.
A priori, nos guiamos por valores. É a partir deles que nos localizamos, que nos enquadramos nos nichos aos quais fomos moldados. Essa falsa ideia de um todo completo e fechado nos dificulta a compreender e a visualizar a fragmentação de nossa existência. Dificulta compreendermos como somos efêmeros, descartáveis e de como vivemos lampejos de vida. Dificulta inclusive perceber de que as ideias que nos guiam, em grande medida, não passam de ideologias forjadas justamente para nos prender a uma falsa ideia de realidade, a um fragmento distorcido da realidade.
Nesse emaranhado de certezas que tecemos para nos sentirmos pertencentes, a inocência converte-se em pecado capital. Uma piada despretensiosa, um comentário ingênuo, uma observação que não carrega as marcas do cinismo ou da autorreferência intelectual — eis o que se torna intolerável em nossos círculos. Não por seu conteúdo, mas por sua forma: ela nos lembra, como um espelho incômodo, que há gestos humanos que escapam à lógica da performance social. E como, na sociedade do espetáculo (roubo o conceito de Guy Debort), o fugaz é a lógica, nossas atitudes são também datadas.
Guiados por conteúdos e valores efêmeros, somos datados. O novo logo se torna velho, e o velho, kitsch (no sentido dado pela literatura ao conceito). Nada escapa à teia do breve e tudo se torna mercadoria visual: afetos, relacionamentos, política, arte e até a revolução. Somos nada mais do que espectros que forjamos de nós mesmos. Daí os pecados da inocência e da alegria desinteressada, pois delas advém um delito, uma ofensa contra este grande espetáculo dramático que é a vida. E se a inocência se tornou uma transgressão, julgamos o seu autor não pelo que disse, mas pelo que sua fala revela: a possibilidade (aterradora) de que existam ainda zonas virgens no pensamento, não colonizadas por nossas ideologias. E nesse julgamento, cometemos o mais irônico dos crimes — o elitismo disfarçado de lucidez.
Vivemos sob o reinado da imagem, onde cada gesto é performático e cada palavra, um manifesto involuntário. Nessa arena mediada por telas, a inocência não apenas se torna suspeita — é erradicada como heresia. Ao condenar o ato inocente não defendemos ideias, mas sim nosso investimento na persona intelectual que construímos. O espetáculo exige consciência constante de si mesmo, transformando até os momentos mais leves em oportunidades perdidas de autopromoção. Nesse palco global, onde todos são ao mesmo tempo atores e plateia, a autenticidade tornou-se o último tabu — porque expõe o mecanismo por trás da magia, revelando que o rei está nu.
Em outras palavras, o elitismo que demonstramos ao rejeitar o “simples” é o mesmo que sustenta todo o edifício espetacular: a crença de que apenas o complexo (ou o que parece complexo) tem valor. Assim, perpetuamos um sistema onde a espontaneidade morre sob o peso de suas próprias interpretações e onde rir sem razão aparente tornou-se ato revolucionário. Nessa sociedade que fetichiza o significado, a verdadeira subversão talvez seja permitir-se existir sem justificativas — mesmo que por apenas um instante fugaz, antes que as câmeras nos encontrem novamente.
Parece-me sensato estancarmos a sangria. E esta, ao que consta, só se estanca com o fim desta sociedade onde nos relacionamos com o próximo sempre mediados por imagens. Esta sociedade onde objetos não são mais ferramentas, mas símbolos de status, extensões artificiais de nossos corpos. E se Marx apregoou que o valor místico das coisas esconde a exploração que as produz, o fez por também notar a espetacularização da vida que já se desvelava em contornos menos sutis. Derive daí um esforço de tentarmos nos relacionar de maneira distinta, mesmo que este ato próprio (e revolucionário) não dê ao mundo uma face mais humana. É preciso que forjemos nossos laços de afetividade sob bases mais sólidas oriundas de uma experiência compartilhada mais duradoura e menos objetificada. É preciso criamos um olhar mais apurado da essência do outro, capaz de distinguir entre o ato performático e a ação genuína. A convivência prolongada nos ensina a ler nas entrelinhas do caráter, percebendo não apenas o que as pessoas dizem, mas como agem quando pensam que ninguém as observa. É nesse cadinho de experiências compartilhadas que se forma a verdadeira confiança, aquela que resiste mesmo quando as máscaras sociais caem. Sob outros termos, precisamos agir uns com outros com laços mais próximos aos de camaradagem.
Não podemos nos enganar? Obviamente que sim. A experiência do sensível não nos absolve do “erro”, principalmente se esta pessoa não faz mais parte do nosso círculo de amizade mais íntimo há um bom tempo. Neste caso, contudo, mesmo nosso engano se afasta da vida concreta, aproximando-se das ideias vagas. É que — neste caso —, ao nos depararmos com aquele sujeito, estamos olhando para um “defunto” na medida em que olhamos para uma pessoa do passado, desconsiderando sua evolução. As pessoas mudam, o tempo todo. São moldadas; não somente pelas palavras, mas principalmente pelo sensitivo, por aquilo que experienciam. Em suma, são “moldadas pelo mundo”. E se é verdade que as palavras nos tocam, principalmente aquelas que transcendem a comunicação utilitária, ajudando-nos a nos reposicionar no mundo, não é sofisma afirmar que mesmo esta linguagem de caráter mais conotativo nada significa, nada representa se não dialoga e não se prende ao factível humano criado pela nossa intervenção direta.
Aqueles que me conhecem intimamente sabem muito bem como me agredir, mas também como me agradar. Conhecem minhas fragilidades, meus defeitos e, por vezes, veem qualidades em mim que eu mesmo tenho dificuldades de vislumbrar. Sou um homem de meu tempo, repleto das contradições deste mesmo tempo, vivendo neste espetáculo que é a vida contemporânea. Se enfrento a sociedade a qual vivo sabendo que o mundo em que vislumbro eu jamais me enquadraria, não é porque eu seja um idealista ou um aventureiro, mas porque fui moldado a marretadas por este mundo, porque preciso sobreviver nesta barbárie, sem contudo me conformar com ela.
Como obra de meu tempo e ciente que sou principalmente de meu lugar social nesta esfera azul, luto não porque me apaixonei por ideias, mas porque em mim estão encarnadas muitas das contradições desta sociedade. E para não morrer embebido em meu próprio sangue, luto porque sonho com uma sociedade na qual suas contradições sejam superadas e na qual as pessoas não precisem mais vender suas imagens para se sentirem vivas. Luto porque curvar-me não é uma alternativa. E por menos que eu faça, ao fazê-lo não me degrado, mantendo-me vivo e sonhando.
Mas até meus sonhos são materiais. É que sou um homem que privilegia as atitudes, sem desprezar o bom uso das palavras, afinal a arte ameniza os efeitos desta alienação que o homem tem da natureza e de si mesmo produzida pela elevação a formas de maior complexidade e produtividade social. Afinal, se o homem é formado pelas circunstâncias, é necessário formar as circunstâncias humanamente, sendo a arte um dos instrumentos para isso.
Portanto sonhemos, mas com os pés fincados no solo e os olhos presos na realidade. Sonhemos não como quem foge, mas como quem se armadura de esperança e se lança à batalha do possível. É preciso crer no sonho com uma fé que não cega, mas que ilumina. Observar a vida em seus mínimos detalhes, suas dobras e cicatrizes, e confrontá-la com o devaneio, tecendo realidade e fantasia em um mesmo fio. Só então, com mãos firmes e espírito vigilante, traduzir o imaginário em ato, em gesto, em obra. Sonhar, sim, mas sonhar acordado. E, acima de tudo, acreditar — não com a credulidade ingênua, mas com a obstinação de quem sabe que o futuro se constrói no presente, tijolo por tijolo, sonho por sonho.
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